
Livro: Uma Proposta e Nada Mais
Autora: Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Rating: [rating=4]
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+ Exemplar cedido pela editora para resenha
Sinopse
Após ter tido sua cota de sofrimentos na vida, a jovem viúva Gwendoline, lady Muir, estava mais que satisfeita com sua rotina tranquila, e sempre resistiu a se casar novamente. Agora, porém, passou a se sentir solitária e inquieta, e considera a ideia de arranjar um marido calmo, refinado e que não espere muito dela.
Ao conhecer Hugo Emes, o lorde Trentham, logo vê que ele não é nada disso. Grosseirão e carrancudo, Hugo é um cavalheiro apenas no nome: ganhou seu título em reconhecimento a feitos na guerra. Após a morte do pai, um rico negociante, ele se vê responsável pelo bem-estar da madrasta e da meia-irmã, e decide arranjar uma esposa para tornar essa nova fase menos penosa.
Hugo a princípio não quer cortejar Gwen, pois a julga uma típica aristocrata mimada. Mas logo se torna incapaz de resistir a seu jeito inocente e sincero, sua risada contagiante, seu rosto adorável. Ela, por sua vez, começa a experimentar com ele sensações que jamais imaginava sentir novamente. E a cada beijo e cada carícia, Hugo a conquista mais – com seu desejo, seu amor e a promessa de fazê-la feliz para sempre.
Capa & Diagramação
A capa brasileira é a mais bonita de todas as edições que saíram no mundo (pelo menos as que estão cadastradas no Goodreads)! A responsável pela capa lançada pela Editora Arqueiro é a designer Renata Vidal.
A diagramação interna é bem normal e compatível com a usada pela editora em livros do gênero mas com o diferencial de uma estampa floral bem bonita nas primeiras páginas.
Personagens, Enredo & Impressões gerais
Uma Proposta e Nada Mais é o primeiro de uma série de sete livros que serão lançados em breve pela Editora Arqueiro. A nova série de Mary Balogh, Clube dos Sobreviventes, é assim chamada pois irá abordar, uma por vez, a história de cinco ex-oficiais de guerra, um duque e uma viúva, todos envolvidos por traumas de guerra.
Demorei uma eternidade (exagero!) para vencer o início desse livro. Os relatos do passado de cada personagem, seus traumas e uma série de divagações tornam a primeira parte do livro lenta e repetitiva. Lá pela metade da leitura as coisas começam a fluir e pude me engajar mais no enredo.
Para quem gosta de romance épico essa leitura garante muitas horas de diversão. Apesar de usar a mesma fórmula dos romances épicos mais populares atualmente (mulher recatada e normal se apaixona por galã bruto), Gwen e Hugo possuem uma conexão doce e delicada que acabou me cativando mais que a dos casais dos últimos livros do gênero que eu tive a oportunidade de ler.
O fato de Hugo ter sofrido traumas de guerra e carregar culpa por alguns fatos do passado faz com que seja adicionada uma camada mais profunda ao estereótipo de personagem que já estamos acostumados a conhecer nesse tipo de literatura. A maneira como a autora fez com que esse personagem, tão acostumado a batalhas, aprendesse, aos poucos, a lidar com sentimentos foi sutil e genuína.
“E assim, decisões de grande importância eram tomadas, pensou ela. De forma impulsiva, sem devida consideração. Com o coração, em vez de usar a cabeça. A partir de um impulso sem levar em conta uma vida inteira de experiência e moralidade.”
Além disso, Mary Balogh tem sim, uma capacidade tremenda de construir personagens femininas que se encaixam em todas as características das personagens que já conhecemos mas, ainda assim, caímos de paixão por elas.
Passei o livro todo torcendo para que eles superassem seus problemas juntos e para que dessem logo o braço a torcer e ficassem juntos rápido. É o que faço em todos os livros do gênero!
Quem já leu alguns dos livros da série Os Bedwyns, da mesma autora, vai encontrar alguns easter eggs e participações de alguns personagens queridos (falando nisso aconselho a leitura de Ligeiramente Perigosos).
Pontos positivos: leitura leve e romance cativante.
Pontos negativos: enredo arrastado na primeira metade do livro.
The cover looks beautiful! It sounds interesting that it takes a different approach. It would be hard when the first half was slightly repetitive, but glad to hear that it got better as you read on!