
Livro: Um Pai de Cinema
Autor: Antonio Skármeta
Editora: Record
Rating: [rating=3]
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+ Exemplar cedido pela editora para resenha
Sinopse
Neste romance, o escritor chileno Antonio Skármeta explora as relações familiares ao contar a história de um jovem professor de uma pequena cidade do Chile que sofre com o abandono do pai.
Autor de diversos roteiros, diretor de dois filmes e ator em outros cinco, Skármeta expressa muito da sua paixão pelo cinema. Repleto de referências a filmes e músicas, Um pai de cinema faz uma viagem pela cultura chilena do início dos anos de 1960. O período que precede os governos de Allende e Pinochet ganha destaque na história.
Ao contar a trajetória de Jacques, protagonista do romance, Skármeta expõe as brechas da paternidade e constrói uma fábula que revela os percalços da existência humana.
Capa & Diagramação
Com base no trailer do filme pude perceber que eles investiram numa fotografia bem bonita. Por isso, esperava mais da capa. A foto tem muito a ver com o ponto central do enredo mas achei meio fora de foco.
Personagens, Enredo & Impressões gerais
Vi o trailer da adaptação dessa obra há um tempo e fiquei muito interresada. Eu nem sou lá tão fã de cinema nacional mas alguns filmes dessa safra nova têm me chamado bastante atenção. Quase não chego a assistir de fato a nenhum deles mas tenho que reconhecer, só pelo trailer, que a qualidade está lá em cima!
Gostei do elenco de O Filme da Minha, nome adotado pela adaptação do diretor Selton Mello. A fotografia parece ser fantástica e só contribui para a atmosfera poética que parece ser mais acentuada na tela que na obra escrita. Me surpreendi com o quão fino o livro é e isso me animou a lê-lo assim que chegou.
Penso que talvez eu não seja o público alvo do livro. No início, suspeitei que a minha falta de conexão com os personagens acontecia porque a história ainda não tinha engrenado. Porém essa desconexão perdurou durante toda a leitura. O livro me lembrou um outro clássico, super famoso e adorado que também não me agradou, O Apanhador no Campo de Centeio. Acredito que uma obra tenha me lembrado da outra em razaõ da atmosfera masculina e jovem, de vida não vivida e pressa para passar por algumas experiências.
De resto, achei todos os aspectos do livro bem rasos, no entanto, entendo que essa era exatamente a intenção do autor: contar uma história de forma superficial, simples e levemente poética. Portanto, reconheço o valor do livro mas também reconheço que não sou o público a quem ele se destina.
“Não é que as palavras vagueiem incertas em torno de algo: o próprio mundo é incerto, as palavras são exatas.”
A minha vontade de assistir ao filme não se perdeu, uma vez que acredito que a equipe responsável pelo filme deve ter preenchido as lacunas que me incomodaram ao planejar a adaptação. Acredito que na adaptação aspectos que me pareceram rasos devem ter ganhado mais complexidade. Só poderei falar realmente depois que assistir.
Alguém já leu/assistiu e discorda de mim?
Pontos positivos: linguagem poética e bonita trajetória de amadurecimento pessoal.
Pontos negativos: muito superficial e rápido.
Que pena que não rolou aquela aproximação emocional com o livro, odeio quando fico esperando achando que ao desenvolver do livro a coisa vai mudar.
Kisses
Não conhecia, mas uma pena que tenha achado raso. Não me atraiu não. :(
Beijo!
Cores do Vício
That’s a shame it wasn’t as good as you were expecting. I agree that the cover could have been designed differently.