
Livro: O primeiro dia do resto da nossa vida
Autora: Kate Eberlen
Editora: Arqueiro
Rating: [rating=4]
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+ Exemplar cedido pela editora para resenha
Sinopse
Tess e Gus foram feitos um para o outro. Só que eles não se encontraram ainda.
E pode ser que nunca se encontrem… Tess sonha em ir para a universidade. Gus mal pode esperar para fugir do controle da família e descobrir sozinho o que realmente quer ser. Por um dia, nas férias, os caminhos desses dois jovens de 18 anos se cruzam antes que os dois retornem para casa e vejam que a vida nem sempre acontece como o planejado.
Ao longo dos dezesseis anos seguintes, traçando rumos diferentes, cada um vai descobrir os prazeres da juventude, enfrentar problemas familiares e encarar as dificuldades da vida adulta. Separados pela distância e pelo destino, tudo indica que é impossível que um dia eles se conheçam de verdade… ou será que não?
O Primeiro Dia do Resto da Nossa Vida narra duas trajetórias que se entrelaçam sem de fato se tocarem, fazendo o leitor se divertir, se emocionar e torcer o tempo todo por um encontro que pode nunca acontecer.
Capa & Diagramação
O projeto gráfico é muito simples e limpo. Gosto da capa mas ela se parece com muitas outras capas de romances. Eu acabo fazendo confusão com essas capas muito similares!
Personagens, Enredo & Impressões gerais
Gente do céu! Como eu li rápido esse livro! E, como vocês sabem que é do meu costume, comecei a leitura sem saber nadinha dele. Eu sempre leio a sinopse dos livros de parceria mas passa tanto tempo entre pedir o livro, recebê-lo e encaixá-lo na fila de leituras que eu esqueço do que se tratam.
A leitura foi uma aventura daquelas cheias de altos e baixos. A gente sabe mais ou menos o que acontece no final mas não sabe qual a trajetória dos personagens até chegar lá. A trajetória é totalmente imprevisível, louca e agoniante. Foi estranho chegar até 80% e constatar que nada do que eu torcia para acontecer tinha acontecido. Aumentou a expectativa e a agonia!
A autora teve muito habilidade para elaborar, entrelaçar, bagunçar e colar os pedacinhos das histórias de vida dos dois personagens principais. O que mais me cativou foi a realidade que permeia as histórias de todos os envolvidos. Esse livro não é romance de contos de fada e não traz soluções fáceis. É um romance mais maduro e, como na vida real, Murphy estava lá ajudando tudo que podia dar errado a dar errado hahaha!
Por esses e outros aspectos, “O primeiro dia do resto da nossa vida” me lembrou bastante de “Um dia”. Não pela história mas pelo quê de realidade crua, pelas “lambadas” que a vida dá nos personagens e pela semelhança do romance com a vida real. O livro te joga na parece e não tem ninguém para te consolar. Mas calma! Não é de tudo triste não, tá?
O que me incomodou um pouco foi a mesma coisa que me incomodou em “Um dia”. Por que, nos dois livros, os personagens masculinos principais sempre se dão melhor na vida enquanto as personagens femininas principais comem o pão que o diabo amassou desde o início? Como eu não leio muitos livros nesse estilo eu fiquei me perguntando se isso era apenas uma infeliz coincidência. De qualquer maneira foi algo que me incomodou muito em “Um dia” e que vi se repetir nessa leitura.
“É só que, às vezes, quando estou olhando para o céu limpo da noite, o universo parece tão vasto e aleatório que é estranho pensar em como nossos pequenos momentos na Terra podem conter tanto significado.”
O enredo é intrigante, tem um ritmo bom e te prende muuuuito! Indico muito para quem curte uns romances mais realistas. Apesar um tanto de coisa me deixar agoniada, o livro carrega vários ensinamentos, histórias inspiradores e questionamentos. Leitura muito indicada!
Pontos positivos: romance mais maduro, da vida real, histórias inspiradoras e enredo imprevisível.
Pontos negativos: claramente um personagem sempre se dá bem enquanto o outro sempre se dá mal.
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