Livro: A Mulher na Janela
Autor: A. J. Finn
Editora: Arqueiro
Rating: [rating=4]
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+ Exemplar cedido pela editora para resenha
Sinopse
Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e… espionando os vizinhos. Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir. Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle? Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece. “A Mulher Na Janela” é um suspense psicológico engenhoso e comovente que remete ao melhor de Hitchcock.
Capa & Diagramação
A capa é muito inteligente! A mistura de cores traz uma sobriedade, a tipografia vermelha chama muita atenção e as linhas simulam alguém espiando pela cortina. Tudo isso foi representado sem fotos e sem ilustrações de pessoas. A diagramação interna é bem bonita e possibilita uma leitura confortável.
Personagens, Enredo & Impressões gerais
Eu abomino spoilers e todas as minhas resenhas são feitas de forma a não revelar nada que possa estragar a experiência dos leitores. No caso dessa resenha em particular registrei minhas impressões mas fui ainda mais evasiva porque o elemento surpresa é essencial nessa obra.
Eu não sou uma leitora com ampla experiência em thrillers pois não é, nem de longe, minha categoria literária favorita. Mas acredito que alguns livros se destacam tanto que todo leitor, confortável ou não com o gênero, deveria ler. Alguns livros simplesmente valem a pena e ponto!
Depois de ouvir todo mundo e mais alguém exaltar esse livro, amantes de thriller, amantes de YA, amantes de romances épicos e etc, eu pude ver que A Mulher na Janela era um desses livros feitos para TODO leitor.
É por isso que eu demorei um pouco para falar dessa obra. Eu acabei solicitando o livro depois que o hype já estava no ápice e muita gente já tinha falado dele. A curiosidade estava me matando! Recebi o livro bem na época da Bienal e ver que o autor foi um fofo com todo mundo só me fez passar essa leitura na frente de todas as outras.
“Qual será o problema dessa casa? É nela que o amor se instala para morrer.”
Como não sou a leitora mais experiente na área, eu nunca acho que vou decifrar o final do livro antes que ele aconteça. Acredito que se o autor dá uma dica é para que ela te leve a pensar em outra coisa. Os autores de thrillers são ardilosos e eu sempre caio na deles.
Eu nunca me sinto no controle durante uma leitura de thriller e é isso que eu mais gosto nos livros desta categoria. Mas ainda assim, no momento em que eu percebo que fui manipulada, sinto uma sensação de que fui feita de palhaça. É bom e ruim ao mesmo tempo! E é claro que isso aconteceu algumas vezes durante essa leitura.
Eu só não li o livro mais rápido pois estava numa ressaca daquelas, mas o livro me manteve interessada no enredo do início ao fim! Não teve um momento monótono, chato ou parado. Quando eu percebi que a narradora não era lá das mais confiáveis eu comecei a duvidar de tudo. O sentimento de estar sempre alerta, preparada para qualquer coisa, faz com que a experiência de leitura seja muito intensa.
A escrita do autor é uma delícia, a dinâmica dos acontecimentos é muito bem equilibrada e eu com certeza leria outros livros desse autor. Não é à toa que está sendo considerado o thriller favorito de todo mundo!
Pontos positivos: narrativa muito envolvente, enrendo nada previsível, personagens muito bem construídos.
Pontos negativos: quem não tolera violência de jeito nenhum pode não gostar desse livro.