Durante a leitura eu não me dei conta, mas depois de ler Frankenstein várias coisas ficaram martelando minha cabeça. Foi aí que percebi que essa leitura foi muito positiva pois mexeu com algumas das minhas concepções antigas e me fez repensar em vários questionamentos. Essas foram as coisas que eu ganhei lendo esse livro e acho que, possivelmente, você ganharia também.
1. Mais um clássico para sua lista de lidos
Um fator que me impede de ler mais clássicos hoje é o “medo” de não conseguir entender, ou levar muito tempo pesquisando, lendo textos auxiliares ou simplesmente não me adaptar com a escrita rebuscada dos livros mais antigos. Isso é uma vergonha, né gente? Mas estou sendo sincera.
Para a minha salvação, existem profissionais maravilhosos, que eu provavelmente nunca saberei quem são, que adaptam o linguajar dos livros para algo que se pareça mais com o que é usado atualmente.
Por isso eu devo te dizer para não ter medo NENHUM de ler Frankenstein porque a leitura flui muito bem! Os responsáveis por essas edições “mais atuais” conseguiram manter a beleza de uma linguagem com cara de antiga mas que é total e facilmente entendida por nós, meros mortais, no ano de 2017.
2. Coragem
Eu só não sou mais medrosa por falta de espaço. E, sim, eu sou parceira da Darkside hehehe! Eu não assisti nenhuma adaptação da história escrita pela Mary Shelley para a TV e para o cinema (um pouco pela falta de oportunidade e muito por causa do medo). Mas o livro, meus queridos, é muuuuuuito leve. Eu não senti medo em hora nenhuma. Minto! Senti medo em um momento mas o “monstro” nem estava presente na cena.
Ao meu ver, o livro foca muito mais em questionamentos sobre a natureza humana, desonestidade, solidão e vingança do que no terror, na violência e na matança.
3. Curiosidade
A gente lê tanta coisa atual mas os clássicos têm seu lugar. É bom saber quem são os precursores dos estilos literários que a gente gosta hoje. Quais são os livros que nossos autores preferidos leram?
O que os seus pais liam? O que os pais dos seus pais liam? E os pais deles?… É aquele termo famoso sobre “beber direto da fonte”, sabe? E dá vontade de beber mais dessa água! Que venham outros clássicos!
4. Surpresas
Por mais incrível que isso possa parecer, para você que não leu o livro pois se você leu você vai me entender, eu me simpatizei e me identifiquei mais com o monstro que com o seu criador.
Victor, o criador, tinha períodos de instabilidade, de pura ganância, de lamentação e indecisão. Às vezes, ele agia de forma irresponsável e ignorava as consequências que aquilo poderia acarretar.
Já o “monstro” conseguia ver o lado bonito e positivo das situações já que ele estava “aprendendo” as coisas mais básicas e percebendo o mundo como um bebê. Ele se mostrava mais capaz de ser afetuoso, gentil e correto que muitos seres humanos. E ele realmente tentou. Achei fofo!
5. Questionamentos
Como todo clássico que se preze o livro traz a tona vários questionamentos super pertinentes como:
– Nós aprendemos a ser bons ou maus? Esses aspectos são ligados aos nossos instintos ou nós adquirimos isso ao longo da vida?
– Até onde a ganância por conhecimento e poder vai levar a humanidade?
– Por que somos tão focados na vingança?