Livro: O Ano Em Que Eu Te Conheci
Autora: Cecelia Ahern
Editora: Novo Conceito
Rating: [rating=4]
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+ Exemplar cedido pela editora para resenha
Sinopse
Bem-vindos ao mundo imperfeito de Jasmine e Matt.
Vizinhos, eles não têm o menor interesse em tornarem-se amigos e nunca haviam se falado antes. Estavam sempre ocupados demais com suas carreiras para manter qualquer tipo de contato.
Jasmine, mesmo sem nunca tê-lo encontrado, tem motivos para não suportar Matt.
Ambos estão em uma licença forçada do trabalho e sofrendo com seus dramas familiares. Eles precisam de ajuda.
Na véspera de Ano-Novo, os olhares de Jasmine e Matt se encontram de forma inusitada pela primeira vez. Eles têm muito tempo livre e precisam rever seus conceitos para poder seguir em frente.
Conforme as estações do ano passam, uma amizade improvável lentamente começa a florescer.
Uma história dramática, original e divertida como só Cecelia Ahern é capaz de escrever.
Capa & Diagramação
Eu amo ficar olhando a capa desse livro! Gosta da harmonia entre as cores, as formas e o leve mistério que ele carrega. A diagramação do miolo é simples e elegante. Alguns arabescos remetem a flores que tem tudo a ver com a história.
Personagens, Enredo & Impressões gerais
Eu ainda não li um livro da Cecelia Ahern que eu não tenha gostado. E olha que nem li o mais famoso de todos, PS Eu te Amo. O livro dela que eu mais gostei de ter lido é um dos menos populares aqui no Brasil, o Se Você me Visse Agora.
Um fator incomum em tudo que eu já li dela é retratar tramas bem simples exaltando sempre os sentimentos e o crescimento pessoal. Ela faz isso sem ficar piegas e melosa. As histórias sempre ameaçam ser clichés mas sempre surpreendem!
Umas das coisas que eu mais gostei em “O ano em que eu te conheci” foi o fato de o livro não ser focado somente em romance romântico. Tem romance mas ele não é o ponto principal e isso dá lugar a tantas outras coisas, tantos outros questionamentos de Jasmine! Isso fez com que ela se tornasse bem mais real para mim. Tantas outras dúvidas, angustias e felicidades foram abordadas que ficou bem mais fácil se identificar com ela já que na vida real tem um turbilhão de coisas acontecendo na nossa cabeça também.
Além de Jasmine, alguns outros personagens também roubaram meu coração nessa leitura. O Matt, o mau caráter que a gente odeia amar. Ele é meio desajustado mas é impossível não gostar dele porque você sabe que ele tem suas motivações.
A irmã de Jasmine, Heather, também é um fofa e me levou a pensar sobre coisas que eu geralmente não penso. Ela tem Síndrome de Down e foi muito interessante ver a maneira como ela lida com o mundo e como os familiares e amigos dela faziam para entendê-la melhor.
Monday também é um personagem mega real e carismático e não-vou-falar-mais-nada-para-não-dar-spoiler. Ufa!
“No jardim sempre há movimento, sempre há crescimento. Não importa quanto eu me sinta parada no tempo, vou lá para fora e vejo tudo mudando ao meu redor. De repente há flores onde antes eu só tinha visto botões minúsculos, e a flor aberta me encara, de pétalas abertas e orgulhosa do que fez enquanto eu dormia.”
Se tem uma autora que eu conheço que pode ser indicada para vários públicos diferentes é ela. Os ingredientes principais das suas histórias são simplicidade, humanidade e delicadeza. Não tem muito auê e muito pirotecnia mas te pega pelo sentimento e te inspira pelo crescimento pessoal retratado.
Fiquei com uma vontade gigante de criar um jardim mega elaborado aqui em casa. Pena que os cachorros comeriam tudo!
Conclusão do dia: pode ler qualquer coisa que aparecer da Cecelia Ahern porque você vai gostar!
Você vai gostar se: gosta de histórias de crescimento pessoal, simplicidade e jardinagem.
Não leia se não gosta de: histórias sem fortes emoções, reviravoltas e tramas muito elaboradas.
Ideias centrais: jardinagem, amizade, vizinhança, família, Síndrome de Down, emprego.