Às vezes eu leio livros e mais livros que me distraem, me divertem, mas são só histórias que passam. Quando leio as palavras finais dessas histórias e fecho o livro eles e se tornam um a mais na minha estante, um livro que vou recomendar ou não, que vou comentar em uma resenha ou não e etc.
Mas algumas poucas vezes na minha vida li obras que afetassem o jeito com que eu enxergasse a vida, as pessoas a minha volta, suas personalidades, motivações e sobretudo minha personalidade e minhas motivações. Poucas obras conseguiram me atingir profundamente, bagunçar com as ideias que havia formado da vida e recolocaram tudo em mim de novo de forma diferente.
Por isso, este post é uma homenagem e uma data que eu quero deixar marcada aqui no blog. Porque é isso que move o blog. Não as leituras descartáveis mas as poucas leituras que encontramos e que nos fazem diferentes de alguma maneira. É isso que move o meu amor pela literatura. É isso que eu procuro no meio dos numerosos livros que leio. Eu entendo que não acho isso muitos livros (e eu nem quero!). E entendo que cada pessoa é diferente encontra esse tipo de leitura épica em um livro diferente. Tudo depende das experiências pelas quais já passamos, como conectamos a nossa própria vida com a história e das coisas que valorizamos na vida.
Hoje eu terminei de ler Allegiant (Convergente aqui no Brasil). O engraçado é que eu não dei nada por essa série. Geralmente eu leio os lançamentos antes de eles virarem assunto de todo mundo mas nessa série em particular li quando ela já estava quente no mundo letrário. Li o primeiro em agosto de 2013 e os outros dois em abril e maio. Eu tive um pouco de dificuldade com a escrita da Veronica no início. Não consegui imaginar os cenários e personagens como ela havia descrito no primeiro volume. Pouco antes de o filme ser lançado comecei Insurgent e levei uma porrada na cara com a qualidade da história, dos personagens e da escrita em geral. Entendi que quando li Divergent eu não tava in the mood para aquele tipo de livro. As distopias estavam no auge naquela época e eu achei que seria só mais do mesmo.
Anyway, Allegiant foi muito mais do que eu imaginei. Foi mindblowing de todas as maneiras e eu senti que a Veronica conseguiu não se render às pressões do público e da mídia e escreveu exatamente o que ela queria. Sem pressão e sem medo. E eu amei isso! Talvez isso tenha acontecido porque ela escreveu tudo antes de a saga ter muito sucesso. Eu não sei mas a impressão que ficou é que ela é forte e durona assim como a imagem que passou nas entrevistas que tive a oportunidade de assistir.
Não era a minha intenção escrever tanto! Só queria deixar marcado essa data e o que eu senti ao terminar essa saga aqui no blog e recomendar a vocês que gostam de ação, aventura, romance e sobretudo de livros que te fazem rever os conceitos e te mudam como pessoa, que leiam a trilogia e que tenham o coração aberto para essa história linda!
“There are so many ways to be brave in this world. Sometimes bravery involves laying down your life for something bigger than yourself, or for someone else. Sometimes it involves giving up everything you have ever known, or everyone you have ever loved, for the sake of something greater. But sometimes it doesn’t.
Sometimes it is nothing more than gritting your teeth through pain, and the work of every day, the slow walk toward a better life.
That is the sort of bravery I must have now.”